um pouco mais para que te sintas finalmente a quebrar,
apenas um pouco mais para que afundes.
sentes tudo a fugir, parece nunca haver esperança
os sonhos ao alcance da mão parecem sempre desvanecer-se,
miragens de um futuro nunca materializável.
quando tudo à tua volta são escombros nada mais te resta
além de seres tu próprio um destroço.
os dias sucedem-se, a agonia instala-se,
a lenta agonia do definhamento
que te conduz ao medo.
já deixaste para trás a última estação, enterraste o último filho?
que buscas nas noites que passas sem te conseguires mover?
que voz é essa que te grita e não te dá descanso?
as feridas nunca sararão por completo
arrastarás as chagas pelo mundo
e o vazio engolir-te-á no final...
escrito em 27/2/2003
sábado, 14 de julho de 2007
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