segunda-feira, 16 de julho de 2007

somos pontos perdidos no infinito
julgamo-nos estrelas
julgamo-nos poeira
mas somos apenas pontos
pontos em interrogação perante a vida
pontos prontos a serem usados
pontos à procura de um sentido
ansiosos por outros pontos
para criarmos intermináveis reticências
para nos agruparmos e sermos manchas

somos pontos
pontos de partida sem porto de chegada
somos apenas pontos de fuga
cujos pontos de vista nos levaram
ao ponto de não-retorno

procuramos um ponto de referência
um ponto de apoio neste ponto de encontro
até ao ponto em que o vento soprará
deixando-nos apenas a nós
sós, desapontados

2 comentários:

Anónimo disse...

Não existe o ponto como entidade,
Há que encontrar outro ponto de afinidade.
Para que a união de dois pontos seja mais que unidimensional,
E o fruto da união, fundamental...

jorgeferrorosa disse...

Somos pontos? Vou pensar o que somos ou o que poderemos ser... tudo reconduzido ao infinito, ao para lá do pensamento! Muitos pontos. Onde começa e onde acaba? Pois, entendo que seja necessário encontrar a referência, a tal dita postura... é necessário encontrar muita coisa.
Continua a escrever.
Abraço da Alma