um vazio enorme estende-se perante os olhos,
e sob os pés
a frieza áspera do solo faz-se sentir.
resta a queda, o impacto profundo, o estilhaçar
da ilusória armadura.
o trajecto até ao destino desenhado
pelas cicatrizes no corpo.
esse mapa que aguarda ganhar asas
para se elevar sobre esta terra de ninguém.
a fenda majestosa engole o corpo na descida
num sorriso de escarpas afiadas.
do confronto do uno com a imensidão
surge o nulo.
num virginal estado de sensações,
na sofreguidão de tudo provar.
por entre contornos de sangue a liberdade
abre-se de par em par
e ruma-se às estrelas...
terça-feira, 1 de abril de 2008
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