fixo na ausência do tempo os trajectos para o mesmo destino
suspenso neste estado de perpétuo adiamento
perdido em caminhadas convergentes para um nulo centro.
circunscrevo o objectivo.
sou um cometa em trajectória rasante
falhando sempre por escassa distância
o âmago.
aguardo permanentemente o choque.
fundo uma cultura de destruição e projecto
os monumentos que deixarão a sua prova de vida.
confino-me ao silêncio, aos diálogos com as paredes nuas,
onde vou destruindo, uma após a outra, todas as fortalezas
de dogma.
rebaptizo-me em negrura, coroo-me divino.
sou o adversário, o oponente. chama-me legião, pois eu
sou muitos e nós aguardamos...
aguardamos afiando as facas, aguardamos
que a fénix se erga, e à trémula luz das chamas
possamos procurar a liberdade...
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
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