reconheço essas asas que me exibes
com as suas plumas onde a melancolia
e o desejo se entrelaçam criando padrões
de sonho e desespero.
reconheço o desenho dessas feridas que me mostras
e sei em que falha geográfica as conquistaste,
em que condições, em que momentos, quando desejaste
que tudo cessasse num derradeiro beijo.
estas árduas conquistas, breves triunfos arrancados
às mãos de uma perpétua agonia, aqui e ali
entrecortada pelo som de gargalhadas que pulverizam
todas as ameaças de derrota.
sei onde foste buscar a força que te mantém
irredutível no voto de resistir contra toda
a ânsia de rendição à noite final.
caminho como os lobos, a uivar à lua os sonhos
que uma maldição se encarregou de negar
e observo furtivamente, olhos lampejando de ódio,
a realização do que me negam.
sou um deus solitário de uma religião esquecida
com uma raiva por saciar de mil holocaustos.
do tempo assisto à passagem, escondido, dissimulado,
aguardo, aguardo a chegada do grande cisma
quando o desespero fenderá as portas
da minha prisão e a ânsia de sangue
erguer a cabeça e vaguear livre.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
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4 comentários:
Boa noite!!!!!!!!!
Passei por aqui por um mero acaso,e não podia deixar de dizer algo.
Pelo que deu para perceber que também é sentimentalista...se eu não estiver errada é continuar é sempre bom saber que ainda há homens assim,porque o machismo não leva a lado nenhum pelo contrário.
Já existe pouca humanidade, as pessoas parece que vivem revoltadas com a vida...também o que é bem compreensivél com as leis que impôem no nosso país é normal que se sintam insatisfeitas.
Um beijo e um abraço e também muitos parabéns por esse blog.
Cristina B.das Neves Bernardo
15 de Maio de 2008
Há quem lhe chame o Complexo Reptiliano, bem escondido no nosso insconsciente, esperando pacientemente a hora de se libertar!
beijinhos e obrigada pelo amável comentário no Excitações
Olá
Tudo quanto acontecio en ese ser sublime le es reconocible, esa paradoja entre el ápice del triunfo y el estertor desafiante y fúnebre de lo que se tornó inexistente. Se presenta en tercera persona porque que lleva un halo de si mismo, desnudándose subjetivamente en forma de reflejo, que concluye en un clímax donde alcanza la libertad de su espíritu.
Desde que leí por primera vez tu poesía, quede admirada, parabiens. En mi humilde opinión gusto de tu forma de prosear, las figuras semióticas perfectamente escogidas, como el abismo,las puertas,holacausto, etc. que dejan descubrir tu dimensión y esa mezcolanza de excentricidad, metafísica, con un matiz de abstracción y acento surrealista, que crea una armonía, sin dejar de vitorear el acervo enriquecido, que finalmente todo como una sinfonía hace extasiar los hilos almáticos.
Te reitero el agradecimiento por la visita a mi blog,muito amável, gracias por el comentario,
Que el anjio de la inspiración siempre ondee en teus memorias.
Férreo homicidio a la poesía hubiese sido si continuaras en el anonimato.
gosto muito da tua poesia.
:)
beijo*
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