sou uma criança que desconhece
os seus limites, incapaz
de atingir os seus objectivos
sou um desejo perdido, uma breve
realização alcançada e ultrapassada
nunca sossegada na sua ténue chama
sou um sonho distorcido
tons sombrios e carregados
dor, infantil dor, num mundo
onde o prazer reinaria supremo
sou o infante do imediato
não sei buscar a eternidade
na brevidade do momento
sou queda, sou dor, percepção
da vulnerabilidade demasiado adulta
que marca o meu trajecto
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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1 comentário:
Somos muitas coisas que desconhecemos, talvez tentamos ou queremos ser isso que não somos e assim perdemo-nos à procura de nós. Todos os dias, nas mais pequenas coisas.
O teu escrito é profundo, evoca um momento solene de interioridade em procura do primeiro princípio daquilo que faz com que sejas o que és. Vejo que precisas de respostas, talvez mais do que isso, porque és um ser sensível, esse ser que está na relação com o outro.
Amigo, gostei do teu trabalho. Bonito. Parabéns.
Abraço da Alma
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