fere-me a ausência
a tristeza que acompanha
o desejo
a voluptuosidade inata
por vezes
negada
servida com uma sensação
de perda, talvez
prisão
esta insaciável necessidade
de consolo
de satisfação
uma dor que se crava
aguda, profunda
e fina
como a lâmina
com que um negro dia
por cinco vezes golpeei
o meu antebraço
caminho que jurei
jamais
voltar a enveredar
é tudo sempre (d)escrito
no momento em que as fissuras
se tornam visíveis
quando todas as sensações
se tornam intensas
demasiado intensas
quando tudo parece
escapar-te por ínfimas
distâncias
quando caminhas
na invisibilidade
da vida
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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