a luz evanescente traz consigo um apelo
que estende o seu murmúrio reverberando
onde ecoam os passos da solidão
há encerrada em si a memória
da linha do horizonte recortada a laivos de fogo
precedida pelo mar
eu ainda estou naquele rochedo
onde as ondas contavam segredos
e imprimiram em mim a sua voz
eu ainda tenho dez quinze vinte anos
e tudo é ainda jogado
no campo das probabilidades
ainda as sombras não se abateram
e a tempestade surgiu no horizonte
ainda a inocência perspectiva o futuro
já a mácula se instalou ainda que indelével
mas a sua presença não foi notada
até à hora das trevas
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário