quarta-feira, 14 de setembro de 2011

é o silêncio que paira sobre tudo isto.
um silêncio denso. como que uma muralha
que, após ser construída, foi sendo reforçada
ano após ano.
irónica figura de estilo, por nessa muralha
estar na verdade a única saída, a única voz...

é o vazio que domina isto tudo.
um vazio imenso. como se nos sentássemos
no fim do universo e pudéssemos ver
todo o vazio que existe para além.
todo o vazio que nada é, que tudo poderia ser.
estranha figura de estilo, por esse vazio
ser o que na verdade me preenche,
que propaga a minha voz...

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