quinta-feira, 27 de setembro de 2007

detenho-me a contemplar esse horizonte de alvura
sinuoso no seu contorno que alberga mistérios mil.
percorro todos os trajectos do prazer até ao centro
onde a carne rosada se expande para me beijar docemente
no momento em que dois mundos colidem, se unem
por esse fragmento de ígnea terra de ninguém
onde não sou mais eu, não és mais tu
perdidos nesta dança onde contemplamos
a primeira aurora, o crepúsculo, o abismo

1 comentário:

vera viana disse...

Belo e sugestivo, como só quem sabe o sabe ser!
Perdemo-nos no etéreo desejo,
Na contemplação desse momento que nos escapa,
trémulo e inalcançável, mas sempre desejável...