o dilacerante desespero do grito ofuscou o brilho do dia
ecoando mudo no plano da mente reconduzindo as trevas
à sua morada habitual e, como que com um sopro,
a paisagem desvaneceu-se deixando apenas a terra estéril.
a mão que desenhava a paisagem deteve-se
petrificando-se num ponto tão vazio
quanto a efémera concretização do desejo.
e, nesse instante perpetuamente suspenso, a noite
alongou-se até a sua vastidão tudo engolir.
na longa estrada que cobre a distância da memória
muitos são os que permanecem perdidos.
e o que somos nós senão a recordação que fica
após o tempo findo?
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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