vivemos fascinados pelo
abismo
a infindável vulva rochosa de ásperos
lábios
que nos traga
vivemos hipnotizados pela
queda
pelo quase imperceptível sussurro do
fim
nada verbaliza vida como o
desejo
irracional do seu
término
a ilusão da hipótese de uma
reescrita
do nosso trajecto
nada implica sonho como a
crença
e a sua promessa de salvação
a projectar o fátuo
fogo
sobre a treva que nos rege
nenhuma mentira maior que uma segunda
vida
nenhuma maior que recompensa ou castigo
eternos
que uma justificação para a
irresponsabilidade
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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2 comentários:
Então Jorge, e poesia? ;)
Abraço!
Não tens de quê, Jorge. Gosto muito da tua poesia.
Feliz Natal e votos de um ano de 2010 cheio de saúde e criatividade.
Abraço!
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